Iva Domingues amadrinhou Parada Folclórica
Iva Domingues foi a madrinha da Parada Folclórica que se realizou em Braga, no passado dia 21 de junho. Num evento que pretende dar a conhecer os trajes folclóricos do concelho de Braga, a apresentadora do Somos Portugal (TVI) vestiu-se a rigor e desfilou nas principais artérias da cidade dos arcebispos. Visivelmente emocionada, Iva Domingues disse, durante uma das suas intervenções no programa Somos Portugal, estar “comovida” por envergar um traje que tanto diz à sua cidade, o traje de capotilha. Além de Iva Domingues, foram mais de 600 as pessoas que saíram às ruas numa tarde de muito calor. O TRAJE DA CIDADE DE BRAGA: Traje do Vale do Cávado ou de Romeira ou de Capotilha Braga, como aliás todo o Minho, tem uma riqueza etnográfica que merece ser valorizada e preservada. Poucos bracarenses saberão que existe um traje classificado pelo Professor Mota Leite como o autêntico traje da bracarense citadina. Independentemente da extensão maior ou menor desta catalogação, trata-‐se de um traje que seguramente é o mais emblemático do vale do Cávado cuja característica mais saliente é a capotilha em vermelho vivo para as moças e azul escuro ou preto para as casadas e mais idosas. Estas são guarnecidas de veludo, cordões, cetim e vidrilhos, com grandes pontas traçadas sobre o peito (para o lado esquerdo), a atar na zona lombar. Além da capotilha, este traje enverga uma camisa de linho, bordada a branco no peito, ombros e punhos com gola de renda e um colete preto guarnecido de vidrilhos nas costas, acompanhados de saia de baetilha ou cetineta preta, com grande roda, “aparelhada” com veludo liso ou lavrado, fitas, cetineta e vidrilhos. Os restantes adereços incluem lenço branco, em cambraia ou tule, bordado, um avental tecido em cores vivas, com tirados de lã, debruado a veludo, “lenço de pedidos” na cintura do lado direito, meias brancas rendadas de linho ou algodão com chinelas pretas, pespontadas a branco e ainda, sobre o peito, em ouro, colar de contas, cordões, cruzes, corações, medalhas e brincos “à rainha” ou “à rei” nas orelhas. Foi usado em diferentes terras do Minho, mas teve predominância no vale do Cávado, de onde tomou o nome, e está a ser considerado como traje de Braga nas representações nacionais e internacionais. É, sem dúvida, o traje que melhor traduz o ambiente de Braga. “Cerimonioso, distinto, colorido, sem exuberância ou garridice, solene sem gravidade, bem composto e gracioso, tem perfeito cabimento nas catedrais e palácios, nos atos religiosos e de salão, enquadra-‐se bem nos arraiais e cortejos, adapta-‐se a todas as idades, acerta-‐se a todas as feições. Eis porque Braga o encara como o mais representativo, o mais seu” (Prof. Mota Leite).