Gala Sanjoanina apresenta cancioneiro minhoto
Gala solidária reverte a favor do projeto Rosa Vida
Depois do êxito da primeira Gala Sanjoanina, a Associação de Festas de São João de Braga, em parceria com a Rosa Vida, levam à sala principal do Theatro Circo, a segunda edição da Gala Sanjoanina, no próximo dia 18 de junho, a partir das 22h15.
Esta iniciativa cultural, integrada nas Festas de São João 2016, irá apresentar o celebrar o Cancioneiro Minhoto de Gonçalo Sampaio, através da sua adaptação sob a coordenação do etnógrafo José Machado.
O presidente da Associação de Festas de São João de Braga, Rui Ferreira, considera que “esta é uma iniciativa importante para as nossas festas, uma vez que queremos manter vivas as tradições musicais do São João de Braga, sendo possível aliá-las à solidariedade através da doação da receita da gala sanjoanina a uma instituição bracarense, que este ano é a Rosa Vida”.
A gala conta com a participação do Origem Tradicional, Orfeão de Braga, Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio, Grupo Folclórico da Universidade do Minho, Rancho Folclórico de São João Baptista de Nogueira, Rancho Folclórico e Típico de Sequeira e Canto D’Aqui.
Os ingressos para a Gala Sanjoanina, disponíveis por 5€ no Theatro Circo, revertem na totalidade a favor do projeto Rosa Vida no apoio a utentes encaminhados pelo Movimento Vencer e Viver.
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O que é o projeto Rosa Vida?
O projeto Rosa Vida surge da iniciativa de duas empresas de Braga com intervenção em áreas distintas, mas que prestam um serviço comum e complementar ao nível da recuperação do cancro da mama, particularmente ao nível do período pós-mastectomia.
Com a missão de “apoiar pequenas e grandes causas”, porque o cancro é uma doença que afeta todos aqueles que de uma forma ou de outra vivem de perto cada um dos momentos marcantes do doente oncológico, o projeto assume-se como uma aliança, um apoio, um projeto que procura multiplicar a esperança. A vida pode nem sempre ser Rosa, mas o Rosa é vida.
O que é o Cancioneiro Minhoto?
O Minho é o berço da tradição. A feição conservadora das suas gentes acabou por permitir uma contínua e insistente manutenção dos costumes e saberes. As danças, os cantares, a forma de trajar, os momentos de convívio acabaram por ir prevalecendo, permitindo a sua recolha e transmissão.
Na primeira metade do século XX, Gonçalo Sampaio (1865-1937), insigne folclorista, compilou o seu “Cancioneiro Minhoto”, um compêndio de quase duas centenas de canções tradicionais, que o povo aqui e ali cantarolava no território minhoto.
Foi à sombra desta “bíblia” que foram nascendo diversos projetos de promoção etnográfica. Sendo as Festas de São João de Braga o maior palco do ethos minhoto foi desenvolvido um projeto musical que visa a reinterpretação dos temas recolhidos por Gonçalo Sampaio.