Construção de identidade comum sanjoanina serviu de mote para I Congresso Sanjoanino
O palco do Pequeno Auditório do Altice Forum Braga foi o palco escolhido para a primeira edição do Congresso Sanjoanino, organizado pela Associação de Festas de São João de Braga.
Às festas de São João de Braga juntaram-se, para uma tarde de partilha, as festas de S. João de Sobrado, Carvalhadas de Vildemoinhos e S. João D’Arga, tendo a iniciativa servido para analisar as particularidades de cada uma das celebrações, bem como para o estabelecimento de pontes para a construção de uma identidade comum das festas.
Para Firmino Marques, presidente da Associação de Festas de São João de Braga, “este é o momento de reconhecer todas as festividades que elegem o Santo mais popular entre os Santos Populares”, tendo servido este evento para “a evocação e a celebração do São João através das tradições de Braga, de Arga em Caminha, das Cavalhadas de Viseu e do São João de Sobrado em Valongo”, bem como para o reconhecimento da riqueza e da diversidade das tradições, “todas iguais e todas diferentes com um denominador comum, a devoção e a crença em São João.
Já Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, encarregue de abrir o I Congresso Sanjoanino, destacou que este é o primeiro passo “na busca de uma identidade comum em torno daquele que é um elemento de coesão da comunidade”, reforçando que “por trás de cada iniciativa do São João está o trabalho de pessoas que voluntariamente ajudam na concretização deste programa”.
Também Marco Sousa, da Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal, sublinhou a importância das festividades de São João se “reunirem em sessões que possam servir para compreender as tradições e construir história”.
Com um espaço de reflexão sobre a origem das celebrações do São João e de todos os seus traços identitários, a sessão contou com a participação de Cónego Roberto Mariz, responsável por apresentar a figura bíblica e histórica de São João, de Jean-Yves Durant (CRIA-UMinho), que apresentou as celebrações de São João um pouco por toda a Europa. Também José Alberto Sardinha (Universidade Lusófona) propôs uma reflexão sobre as origens das celebrações sanjoaninas e Luís Cunha (CRIA-UMinho) desafiou o público a entender estas celebrações como resultado do património cultural português, bem como um espaço de grande dinamismo social.