A tradição musical e histórica de Braga desfilará amanhã no palco do Theatro Circo em Braga. O espectáculo com cariz solidário servirá de mote para a apresentação do trabalho discográfico promovido pela Associação de Festas de São João de Braga (AFSJB) intitulado “E repenica…”.

São prometidas duas horas de muita diversão, música e tradição onde não faltarão homenagens a figuras emblemáticas do São João de Braga, como o Mestre Veiga, Emília Timóteo e António Leitão de Carvalho. Pelo palco passarão a Associação do Coro Infanto-Juvenil de Esporões, a Associação Cultural e Festiva Os Sinos da Sé, o Conservatório Calouste Gulbenkian, o Orfeão de Braga ou o cantor bracarense Hugo Torres, entre outros, num espetáculo apresentado pelo radialista da Rádio Renascença, Renato Duarte. Ainda durante a gala serão entregues os prémios aos vencedores do concurso de cascatas de São João.

Os ingressos estão disponíveis para compra no Theatro Circo por ?5,00 revertendo a verba na sua totalidade para a Associação Famílias.

Quem são os homenageados?

– Emilia Timóteo:
Durante 54 anos os “meninos” participantes na secular tradição do Carro dos Pastores foram ensaiados por uma senhora que, com apenas 16 anos, se viu a braços com esta missão. Pelas suas mãos passaram várias gerações de “pastores”.Estamos a falar de Maria Emília Timóteo Gonçalves, residente bem perto do terreiro de S. João da Ponte e aposentada de Auxiliar de acção Educativa em Ferreiros, S. Lázaro e no Carandá.

– António Leitão de Carvalho:
António Leitão de Carvalho foi, segundo as crónicas, o mais carismático presidente da comissão de festas de São João, que dirigiu entre 1960 e 1964 e entre 1967 e 1972.

Nascido a 9 de Fevereiro de 1904, destacou-se nos mais diversos âmbitos da comunidade bracarense. Foi vereador nos mandatos de António Maria Santos da Cunha e presidiu à Associação Comercial de Braga.

Faleceu a 12 de Janeiro de 1982.

– Mestre Veiga:
José Veiga, artista popular bracarense falecido em 2002, e? indubitavelmente o nome maior associado a` iconografia das Festas de São João em Braga. Convidado em 1954 pelo então responsa?vel pelos riscos das decorações, Alvim Braga, vai corresponsabilizar-se pela tarefa que lhe marcou a existe^ncia. No ano seguinte, a indisponibilidade do seu mentor, vai abrir-lhe as portas da criatividade. Durante 48 anos, isto e?, ate? a` data da sua morte, este artista da alma bracarense vai guiar com o seu pincel os cartazes, decorações e iluminações, bem como toda a iconografia associada às festas de São João e à Semana Santa, deixando uma marca que continua a vigorar.