Romarias do Minho voltaram a encontrar-se
O processo de classificação no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial dá mote a estes encontros de trabalho e partilha.
Realizou-se, no dia 19 de abril, no santuário de São Bento da Porta Aberta e com a participação de representantes de associações de festas, irmandades, confrarias e municípios o VI Encontro das Romarias do Minho atinente ao processo de registo das romarias do Minho no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial.
São já 22 as romarias que se associaram a este movimento, que surgiu em 2015 por iniciativa do presidente da Associação de Festas de São João de Braga, Rui Ferreira, e cujo um dos objetivos passa por apresentar à UNESCO uma candidatura única da Romaria do Minho a Património Imaterial da Humanidade. O incremento do número de romarias associadas deixou bastante satisfeitos os responsáveis da organização deste encontro.
Para a associação impulsionadora da união das romarias minhotas, a Associação de Festas de São João de Braga, este é um novo esforço para que as Romarias do Minho se afirmem no quadro dos festejos populares nacionais. «Todos concordamos que a Romaria Minhota é um produto único que o nosso território pode oferecer ao mundo, porém precisamos de trabalhar em conjunto rumo à sua salvaguarda e valorização e é esse o objetivo deste movimento», referiu o presidente da Associação de Festas de S. João de Braga, Rui Ferreira. Acrescentou ainda que «Dez a doze romarias já estão com o processo a decorrer e algumas com o processo bastante adiantado, o que é um sinal positivo deste movimento que faz em junho dois anos que surgiu».
O sexto Encontro das Romarias do Minho contou com a participação do diretor do Museu Nacional de Etnologia, Paulo Costa, que fez o enquadramento legal do procedimento técnico-científico que deve sustentar todos os processos de registo no inventário nacional. Paulo Costa, aquando da sua intervenção, salientou que «o importante é perceber o que é a Festa para a comunidade no passado e no presente. Deve-se falar na festa tal como ela é no presente, mas nunca esquecendo o passado». As candidaturas ao Inventário Nacional serão apresentadas individualmente, baseando-se num levantamento criterioso das principais manifestações que integram cada uma das romarias.
Recorde-se que do leque de romarias fazem parte as Festas de São João de Braga, as Feiras Novas de Ponte de Lima em honra de Nossa Senhora das Dores, a Romaria de S. Bartolomeu de Ponte da Barca, as Antoninas de Famalicão, a Romaria de Porto d’Ave, a Festa das Cruzes em Barcelos, a Romaria de S. Bento da Porta Aberta, as Festas da Senhora do Viso em Celorico de Basto, a Romaria de S. Bartolomeu do Mar em Esposende, a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios em Arco de Baúlhe, entre outras. O próximo encontro está agendado para novembro, em Ponte da Barca.